Protesto é contra quebra de acordo do secretário da Saúde, Gustavo Couto
A bancada de oposição aumentou o tom das críticas à gestão do prefeito do Recife, João da Costa (PT). Os vereadores Aline Mariano (PSDB), Daniel Coelho (PV) e Vera Lopes (PPS) protestaram quanto à falta de resposta do secretário municipal de Saúde, Gustavo Couto (PT), sobre as negociações em torno do reajuste salarial para os servidores. “O secretário fez uma promessa em frente a dois representantes desta Casa e não cumpriu. Como podemos fazer parte de uma comissão de negociação, esperando uma resposta do secretário e fica por isso mesmo? Isso é querer transformar esta Casa em circo. Fomos eleitos pela população, não vou me prestar a este papel. Eu não empenho mais a minha palavra para que categoria nenhuma saia da greve”, repudiou o vereador Daniel Coelho em seu pronunciamento. “Iremos batalhar para esses reajustes, que é o justo, porque o pessoal da Saúde trabalha, não é encostado, comissionado, parasita”, completou Vera Lopes.
Após o pronunciamento de Coelho, o vereador Osmar Ricardo (PT) anunciou que haverá hoje, ao meio-dia, uma reunião entre a comissão de parlamentares e o secretário de Governo, Henrique Leite (PT), para tratar do assunto dos reajustes. O anúncio foi seguido por gritos de “chama o prefeito” dos servidores municipais, indignados com a falta de diálogo com Gustavo Couto.
Também representantes da Secretaria de Assistência Social e do Instituto de Assistência Social e Cidadania (IASC) pediam, na mesma ocasião, reajuste salarial para a categoria. O grupo quer a equiparação salarial com os de outras secretarias, respeitando o princípio da isonomia. “Está de um jeito que nem mesa de negociação eles conseguiram ter. Eles tiveram o empenho da palavra da secretária Karla Menezes e do responsável pelas mesas de negociação, Paulo Ubiratan, que há um ano e meio enrolam. Se você sabe que não vai dar reajuste, não vai melhorar as condições de trabalho, não dê expectativas”, criticou a vereadora Aline Mariano (PSDB). A tucana contou que já foi procurada por diversas categorias, todas esperando por um reajuste prometido e não tem recebido resposta.
ACERTO
Na terça-feira da semana passada, Couto afirmou que não havia possibilidade do aumento salarial de 6,13%, mas que em 24 horas daria uma resposta à solicitação dos auxiliares técnicos de enfermagem sobre o reajuste na gratificação de produtividade, igualando o bônus ao dos servidores estaduais. Em troca, o secretário, apoiado pelos vereadores, pediu que a categoria interrompesse a greve, no final de semana passado, para não atrapalhar a campanha nacional de vacinação contra a gripe H1N1.
Ontem os servidores da Saúde teriam recebido uma negativa à equiparação, e ficaram revoltados. Caso não haja proposta da Prefeitura, a ameaça é de greve por tempo indeterminado, a partir da próxima quinta-feira. O secretário Gustavo Couto não foi encontrado pela reportagem para comentar o assunto.
BEATRIZ GÁLVEZ
fonte Folha de pernambuco 12/05/10
A bancada de oposição aumentou o tom das críticas à gestão do prefeito do Recife, João da Costa (PT). Os vereadores Aline Mariano (PSDB), Daniel Coelho (PV) e Vera Lopes (PPS) protestaram quanto à falta de resposta do secretário municipal de Saúde, Gustavo Couto (PT), sobre as negociações em torno do reajuste salarial para os servidores. “O secretário fez uma promessa em frente a dois representantes desta Casa e não cumpriu. Como podemos fazer parte de uma comissão de negociação, esperando uma resposta do secretário e fica por isso mesmo? Isso é querer transformar esta Casa em circo. Fomos eleitos pela população, não vou me prestar a este papel. Eu não empenho mais a minha palavra para que categoria nenhuma saia da greve”, repudiou o vereador Daniel Coelho em seu pronunciamento. “Iremos batalhar para esses reajustes, que é o justo, porque o pessoal da Saúde trabalha, não é encostado, comissionado, parasita”, completou Vera Lopes.
Após o pronunciamento de Coelho, o vereador Osmar Ricardo (PT) anunciou que haverá hoje, ao meio-dia, uma reunião entre a comissão de parlamentares e o secretário de Governo, Henrique Leite (PT), para tratar do assunto dos reajustes. O anúncio foi seguido por gritos de “chama o prefeito” dos servidores municipais, indignados com a falta de diálogo com Gustavo Couto.
Também representantes da Secretaria de Assistência Social e do Instituto de Assistência Social e Cidadania (IASC) pediam, na mesma ocasião, reajuste salarial para a categoria. O grupo quer a equiparação salarial com os de outras secretarias, respeitando o princípio da isonomia. “Está de um jeito que nem mesa de negociação eles conseguiram ter. Eles tiveram o empenho da palavra da secretária Karla Menezes e do responsável pelas mesas de negociação, Paulo Ubiratan, que há um ano e meio enrolam. Se você sabe que não vai dar reajuste, não vai melhorar as condições de trabalho, não dê expectativas”, criticou a vereadora Aline Mariano (PSDB). A tucana contou que já foi procurada por diversas categorias, todas esperando por um reajuste prometido e não tem recebido resposta.
ACERTO
Na terça-feira da semana passada, Couto afirmou que não havia possibilidade do aumento salarial de 6,13%, mas que em 24 horas daria uma resposta à solicitação dos auxiliares técnicos de enfermagem sobre o reajuste na gratificação de produtividade, igualando o bônus ao dos servidores estaduais. Em troca, o secretário, apoiado pelos vereadores, pediu que a categoria interrompesse a greve, no final de semana passado, para não atrapalhar a campanha nacional de vacinação contra a gripe H1N1.
Ontem os servidores da Saúde teriam recebido uma negativa à equiparação, e ficaram revoltados. Caso não haja proposta da Prefeitura, a ameaça é de greve por tempo indeterminado, a partir da próxima quinta-feira. O secretário Gustavo Couto não foi encontrado pela reportagem para comentar o assunto.
BEATRIZ GÁLVEZ
fonte Folha de pernambuco 12/05/10
