sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Trabalhadores da Arena Pernambuco relatam cenas de agressão da PM

Operários reclamam de postura da polícia militar, que teria colocado spray de pimenta e usado de força de excessiva;


Yuri de Lira - Especial para o Diario de Pernambuco
Brenno Costa - Diario de Pernambuco


Mais uma confusão nas obras da Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata. Na manhã desta quinta-feira, cerca de 30 homens da Policia Militar teriam impedido o Sintepav-PE (Sindicato dos Trabalhadores na Construção de Estradas, Pavimentação e Terraplenagem em Geral de Pernambuco) de realizar uma assembleia para discutir as diretrizes das reivindicações. Eles reclamam de assédio moral no canteiro das obras.

De acordo com a assessoria do sindicato, a polícia não permitiu que o um carro de som fizesse parte da manifestação. A polícia teria chegado a dar voz de prisão ao motorista.Além disso, o operário Moisés Rodrigues disse ter sido atingido por um forte jato de spray de pimenta. "A polícia chegou logo oprimindo. Levei spray de pimenta no rosto e chegeui a desmaiar. Os companheiros tentaram me ajudar, mas não deixaram e acabaram me arrastando como um cachorro para dentro da viatura", disse.


O operário Marcone José da Silva também chegou a ser detido. "Eu não fiz nada demais. Risquei um pneu, e os policiais colocaram a pistola na minha cara. Se não fosse a presença do sindicato, eu teria apanhado. Acabei sendo detido, mas o sindicato conseguiu me liberar", declarou.

Diante das cenas, que chegaram a ser registadras por uma câmera digital de um dos operários, o presidente do Sintepav, Aldo Amaral de Araújo, garantiu que as obras continuarão paralisadas até que as queixas sejam debatidas com a Odebrecht.

"O que está acontecendo aqui é um grande descaso com o trabalhador da Arena da Copa. A Odebrecht está oprimindo o trabalhador e colocando a polícia, que bateu nos trabalhadores. Teve gente que foi presa porque quer reinvidicar o seus direitos. Colocaram um coronel para tomar conta da segurança da obra. Ele dá empurrões e constrange os trabalhadores. A empresa, em vez de abrir uma negociação, demitiu três trabalhadores", disse.

Odebrecht
Por meio de uma nota oficial, a Odebrecht declarou que “os colaboradores estão sendo intimidados pelos dirigentes sindicais a manterem a paralisação”. Além disso, lembrou que a presença da PM no canteiro se dá por iniciativa do Governo do Estado, contrante da obra, para proteger o patrimônio. Por fim, a empresa assegurou que acionará o Tribunal do Trabalho da 6ª Região para que seja declarada como abusiva a greve iniciada anteontem.


ISSO É UMA VERGONHA: A POLICIA MILITAR DE PERNAMBUCO À SERVIÇO DA INCIATIVA PRIVADA; A VIOLENCIA COMEÇA COM A PM, E DEPOIS O GOVERNO DO ESTADO DIZ QUE ESTA DIMINUINDO A VIOLÊNCIA... COMO SE O ESTADO É O PRIMEIRO A ESTIMULAR A VIOLÊNCIA.


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