terça-feira, 3 de janeiro de 2012


Cirurgiões dizem que próteses PIP se rompem 7 vezes mais que o estimado

Reportagem do Sunday Telegraph diz que um em cada 14 implantes falha. Fabricante de próteses de silicone faliu em 2010.

O principal grupo britânico de cirurgia estética, Transform, registrou uma taxa de ruptura dos implantes de mama encomendados à empresa PIP sete vezes maior que as estimativas divulgadas até agora no Reino Unido, informou o Sunday Telegraph.

Essas cifras explicam a decisão das autoridades britânicas de abrir uma investigação sobre os riscos das próteses PIP, fabricadas na França e que estão no centro de um escândalo mundial.
A PIP chegou a produzir 100 mil próteses ao ano, exportando 84% da produção, principalmente para América Latina (Venezuela, Brasil, Colômbia e Argentina são os primeiros na lista), Espanha e Grã-Bretanha, mas no começo de 2010 a firma entrou em colapso ante as reiteradas denúncias de rupturas de suas próteses.
Segundo o Sunday Telegraph, desde 2006, um em cada 14 implantes colocados pela Transform partiu-se.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta quinta-feira (29) o cancelamento do registro das próteses mamárias da marca Ply Implants Protheses (PIP). Segundo a nota, a decisão é baseada em testes feitos pela autoridade sanitária da França, país onde esse material foi produzido.

Anvisa cancela registro de próteses de silicone da PIP no Brasil

Decisão divulgada em nota se baseia em testes feitos na França.
Material da empresa francesa é frágil e contém produto inapropriado.

Desde abril de 2010, essas próteses já estavam suspensas no Brasil, ou seja, já não podiam ser importadas nem comercializadas. O cancelamento do registro transforma a decisão em algo definitivo.
Com isso, as 10.097 próteses da marca que ainda estavam em estoque serão recolhidas e a Anvisa dará uma destinação final a elas. Antes de 2010, 24.534 próteses tinham sido comercializadas, e não existe uma instrução geral para essas pacientes. Elas devem procurar o médico responsável pela cirurgia e, junto a ele, decidir se mantém ou não a prótese.
Segundo o texto da Anvisa, os exames laboratoriais feitos na França indicam que as próteses são frágeis e preenchidas por um produto não autorizado, que pode provocar irritações se vazar. Os mesmos testes, no entanto, descartam o risco de câncer – em 2010, uma francesa que usava essa prótese desenvolveu a doença e faleceu.

Fonte: G1

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