A deputada Rosane Ferreira (PV-PR), que é
enfermeira, defendeu há pouco a possibilidade de se promover uma
paralisação da categoria. “Não posso pedir para meu povo parar, porque
se isso ocorrer, quem vai estar no parto, atrás da seringa na vacina, na
preparação do corpo depois de uma cirurgia, mas confesso que não estou
vendo outra saída”, afirmou.
A parlamentar participa de audiência
pública realizada pela Comissão de Legislação Participativa para
discutir a jornada de trabalho dos profissionais da enfermagem. O PL
2295, que reduz de 40 para 30 horas a jornada semanal desses
trabalhadores, está pronto para votação desde 2009.
Rosane Ferreira acrescentou que já
ocorreram “quatro ou cinco” audiências públicas, além de mobilizações e
sessão solene no Plenário. Diante disso, ela cogita que se chegue “a um
basta”, com a paralisação.
Ela afirmou há pouco que, “se os
profissionais de enfermagem forem esperar para ter uma bancada da
profissão, terão que esperar cerca de 200 anos, porque hoje são apenas
dois parlamentares da área”, disse.
As afirmações foram ditas em resposta a
declaração anterior do presidente da Comissão de Legislação
Participativa, deputado Anthony Garotinho (PR-RJ). Para ele, a proposta
só será posta em votação se houver um grupo de parlamentares realmente
interessados na aprovação do projeto.
O presidente da Comissão de Legislação
Participativa, deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), sugeriu há pouco que
os profissionais de enfermagem elaborem um documento para ser assinado
por todos os líderes e levado ao presidente da Câmara, Marco Maia. Este
texto deverá pedir a inclusão do Projeto de Lei 2295/00 na pauta de
votações. “No meu primeiro ano nesta Casa, aprendi que nada é aprovado
se não for de interesse do colégio de líderes”, explicou.
O PL 2295, que reduz de 40 para 30 horas
a jornada de trabalho semanal dos profissionais da enfermagem, está
pronto para votação desde 2009. Garotinho acrescentou que, sem uma
bancada compromissada com a proposta, o projeto não será votado.
Governo:
Para a deputada Carmen Zanotto (PPS-SC), ao contrário do que sustenta Garotinho, a entrada do PL 2295 na pauta não depende apenas do colégio de líderes, mas de um acordo com o governo. “Se o projeto for levado ao plenário, não temos nenhuma dúvida de que será aprovado”, assegurou.
Para a deputada Carmen Zanotto (PPS-SC), ao contrário do que sustenta Garotinho, a entrada do PL 2295 na pauta não depende apenas do colégio de líderes, mas de um acordo com o governo. “Se o projeto for levado ao plenário, não temos nenhuma dúvida de que será aprovado”, assegurou.
Também
presente, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) acrescentou ser
necessária também uma reunião com o líder do governo na Câmara, deputado
Arlindo Chinaglia (PT-SP). “Acho importante esse encontro, inclusive
para mostrar ao líder a carta da presidente da República, Dilma
Rousseff, em que assume o compromisso com as 30 horas”, defendeu.
Os parlamentares participam de audiência
pública realizada pela Comissão de Legislação Participativa para
discutir a jornada de trabalho dos profissionais da enfermagem.
A reunião ocorre no auditório Nereu Ramos.