segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Paraíba vai proibir contratação de cooperativas médicas

Denúncia do Fantástico, que mostrou irregularidades em vários estados faz Paraíba 
proibir contratação de cooperativas médicas

O Ministério Público do Trabalho cobrou providências de prefeituras após uma denúncia do Fantástico, que mostrou irregularidades em vários estados. Veja o vídeo aqui!

 Você viu no Fantástico do último domingo (8): cooperativas médicas são contratadas pelos municípios para fornecer profissionais de saúde. Mas faltam médicos nessas cidades. E algumas cooperativas agem na clandestinidade. Esta semana, o Ministério Público do Trabalho foi à Bahia cobrar providências.

“Já há uma irregularidade na contratação. E há irregularidade também porque o serviço não é prestado. Então nós estamos diante de uma fraude muito grande e a nossa investigação vai ser aprofundada”, declara o procurador-geral do Trabalho, Luís Camargo.

A prefeitura de Araci, na Bahia, onde uma paciente esperou quatro meses por uma consulta, disse em nota que vem ampliando a oferta de serviços com o programa federal "Mais Médicos".

Em Candeias, também na Bahia, a consulta de uma criança foi feita em três minutos e meio. A prefeitura instaurou sindicância no dia seguinte à exibição da reportagem.

No pronto-socorro de Carapicuíba, na Grande São Paulo, um ortopedista levou 12 segundos ouvindo as queixas da paciente e o resto do tempo escrevendo no receituário. Total da consulta: um minuto e quatro segundos. A secretária de Saúde afirma que o médico é funcionário do município e que tinha sido orientado a atender bem os pacientes.

“O que nós preconizamos é que acolha esse paciente, que esse paciente sente na cadeira, faça a sua queixa, seja ouvido pelo profissional e daí passar para os procedimentos seguintes. Através da análise do prontuário nós vamos tomar as medidas cabíveis para este profissional, que pode ser advertido ou até mesmo demitido”, afirma Simone Monteaperto.

Em um estudo divulgado em novembro, o Tribunal de Contas da União condenou a terceirização da saúde pública.

“Se não tiver uma boa supervisão, o que poderá acontecer com a terceirização serão desvios e fraudes. Se liberam recursos para se atender através da saúde, mas na verdade a população não está sendo atendida”, avalia o presidente do TCU, Augusto Nardes.

Em 2014, a Paraíba será o primeiro estado brasileiro a proibir a contratação das cooperativas médicas.

“A responsabilidade de administrar o sistema público de saúde é do poder público”, diz o procurador do Trabalho Eduardo Varandas.

O Estado terá que abrir concursos públicos.

“A gente vai ter que apresentar um planejamento e cumprir as escalas de plantões médicos em todos os hospitais do estado”, destaca o secretário de Saúde da Paraíba, Waldson de Souza.

Em 2013, 300 cirurgias infantis foram adiadas na Paraíba por falta de equipes médicas.

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