O 11 de setembro de 2011 ficará
marcado na memória dos profissionais da enfermagem. Apesar de seu
comparecimento, em massa, às urnas, na tentativa de legitimar representantes na
gestão do COREN-PE para o próximo triênio, não o puderam fazer, tendo em vista
a desorganização das eleições. A Comissão Eleitoral não teve capacidade técnica
e organizacional para garantir o voto aos profissionais. Foi patente a falta de
responsabilidade do COREN-PE para com um processo eleitoral LIMPO e
RESPEITÁVEL. Os problemas com os quais nos deparamos nos locais de votação são
dignos de histórias fantasiosas, de tão inverossímeis que parecem ao contarmos
a quem não os presenciou. Não é possível que nos seja tolhido o exercício da
cidadania, que nosso Conselho de Classe não seja CAPAZ de nos garantir eleições
DIGNAS. Vários profissionais, principalmente os de nível médio, em número
muitas vezes maior que os de nível superior, ficaram feridos, outros chegaram a
passar mal, e mesmo assim permaneceram nos locais de votação para expressar sua
opinião nas urnas, no entanto o tão grande esforços dos referidos profissionais
foi em vão, pois não lhes foi garantido o direito ao voto, em alguns casos,
como o de Olinda, o Assessor Especial da Presidência do COREN-PE, Dr. Júlio
Monte, como vemos abaixo, chegou mesmo a APREENDER documentos de identificação
dos profissionais, RETENDO-OS em seu poder e não os deixando votar, como
podemos ver na foto abaixo. Tal procedimento FERE TODOS OS PRINCÍPIOS
DA DEMOCRACIA, e não podemos deixar que tal atitude da atual gestão do COREN-PE
passe em branco. Temos que exigir um posicionamento FIRME e CONTUNDENTE do
COFEN para que tal situação JAMAIS SE REPITA EM PERNAMBUCO.
A consequência de tal
atitude da atual gestão, através de seus asseclas, não foi outra senão IMPEDIR
a ascensão dos candidatos que apresentaram as melhores propostas no curso da
campanha eleitoral. Registre-se que tal fato ocorre pela segunda vez, em
decorrência da INCOMPETÊNCIA da Comissão Eleitoral, que demonstrou estar
totalmente PERDIDA ou ser portadora de uma DISPLISCENCIA CALCULADA, que se
demonstrou na falta de controle do processo eleitoral, que correu solto, sem
rédeas, sem direção e sem rumo ! Não foram garantidas aos profissionais as
mínimas condições para que os mesmos pudessem votar de forma tranquila e
rápida. Por outro lado, não podemos deixar de salientar que em nosso
entendimento o Tribunal Regional Eleitoral, que acompanhou as eleições do
COREN-PE, também é concorrente na culpabilidade do verdadeiro DESASTRE que
foram estas eleições, falhou enormemente no dimensionamento do número de
votantes por urnas, do que citamos, novamente, o exemplo de Olinda, que tinha,
para nível médio, 4700 (quatro mil e setecentos) eleitores, para votarem em uma
urna apenas, um verdadeiro ABSURDO, sem precedentes ! Se fizermos um exercício
matemático, se cada um destes profissionais levasse um minuto para votar,
teríamos que passar 3,3 (três, vírgula três) DIAS para concluir a votação de
todos os profissionais aptos para tanto. SEM COMENTÁRIOS ADICIONAIS. Além do
excesso de eleitores para um números insuficiente de urnas nas sessões, foi
registrado no principal local de votação, a FCAP, que contava com cerca de 14
mil eleitores, o NÃO FUNCIONAMENTO de 06 (seis) das 15 (quinze) urnas disponíveis,
bem como o total despreparo dos presidentes de mesa, que sequer estavam
conseguindo desempenhar suas funções, não estando aptos a operar o sistema.
Outro aspecto, ainda mais grave foi a FALTA DE IDENTIFICAÇAO NAS SESSOES, que
estavam identificadas pelo numero da urna, sem que houvessem sido
disponibilizado pela Comissão Eleitoral as listas de votantes em cada
urna/sessão, o que causou um enorme tumulto na abertura dos portões, pois as
pessoas ficaram sem rumo e sem saber para onde se dirigir. O tumulto que se
seguiu parecia mesmo ter sido orquestrado pela Comissão Eleitoral, uma vez que
cada um dos membros ao invés de buscar a ordem e a calma de todos os
participantes do pleito, promoviam cada vez mais o tumultuo nos locais de
votação, como pode ser visto nas imagens.
Para finalizar, temos a dizer que
nada disso deveria ter acontecido se a Comissão Eleitoral tivesse agido com um
mínimo de RESPONSABILIDADE, esta que se exige e espera de quem se dispõe a
assumir um cargo de tamanha importância dentro do processo democrático. Tudo
isso poderia ter sido evitado. O SATENPE já havia denunciado em seu site, a
falta de transparência por parte da comissão organizadora que não divulgou com
antecedência as informações necessárias, como números de eleitores por secções,
dos mapas de votação e dos membros da Junta de Apuração. Temos a denunciar,
ainda, que as urnas que foram para o interior restaram desassistidas durante
toda a madrugada que se seguiu à votação, deixando o COREN-PE, DELIBERADAMENTE
que as mesmas ficassem sem qualquer vigilância, permanecendo no local de
votação “AGUARDANDO” que “alguém” as fosse buscar para trazer à Recife. O
COREN-PE e a Comissão Eleitoral deveriam ter destacado funcionários para
acompanharem o ENVIO IMEDIATO das urnas após a finalização do processo
eleitoral. É INESCUSÁVEL A FORMA RELAPSA COM QUE TRATOU ESTA ELEIÇÃO ! A falta de organização e preparo dos
presidentes e mesários das sessões viabilizaram todos estes transtornos para os
principais prejudicados: TÉCNICOS E AUXILIARES DE ENFERMAGEM. Quando algo não dá certo, procuramos sempre
um culpado, e se existe um único responsável por todo o ocorrido nesta
VERGONHOSA ELEIÇÃO se chama COREN-PE - Conselho Regional de Enfermagem de
Pernambuco. Assim, na qualidade de ente sindical, representante dos Auxiliares
e Técnicos de Enfermagem, REPUDIAMOS a atitude do COREN-PE em não assumir as
responsabilidades pelos incidentes E PRINCIPALMENTE POR NÃO TER GARANTIDO O
NOSSO DIREITO AO VOTO.
SATENPE