quinta-feira, 17 de maio de 2012

Faltam profissionais na UPE


Fotos: Widio Joffre
 FOLHA DE PERNAMBUCO 
17/05/2012 02:09
LUIZ FILIPE FREIRE

Servidores das alas administrativa e de saúde da Universidade de Pernambuco (UPE) paralisaram suas atividades, no início da manhã de ontem, em protesto contra a falta de profissionais nas 14 faculdades e três unidades hospitalares administradas pela instituição de ensino. O ato de advertência, de 24 horas, afetou o atendimento no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), no Pronto Socorro Cardiológico (Procape) e no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), onde só os serviços de urgência e emergência funcionaram. Já nos campi universitários da Região Metropolitana do Recife (RMR), houve aula.
Os servidores alegaram que a gestão estadual tem buscado soluções paliativas para o problema, como a contratação temporária de prestadores de serviço por remuneração abaixo do salário mínimo. Segundo Gleidson Ferreira, presidente do Sindicato dos Servidores da Universidade de Pernambuco (Sindupe), a situação de calamidade é mais complicada nas unidades de saúde, que estão à beira do sucateamento. “Não dá mais para aguentar. Estamos trabalhando sobrecarregados. São necessárias pelo menos 800 novas contratações para suprir a demanda. Só no Procape, precisamos de pelo menos 405 novos servidores. Aqui no Oswaldo Cruz, de mais uns 300. Na Fcap (Faculdade de Ciências da Administração de Pernambuco), mais 70”, reclamou.

O reitor da UPE, Carlos Calado reconheceu o deficit existente e ressaltou que a universidade está trabalhando para garantir a manutenção de seu pessoal. “Nada funciona sem pessoas. Já observamos que a seleção simplificada não resolve. Estamos argumentando junto ao Governo do Estado pa­ra que seja realizado um concurso público. Até 30 de junho, por exemplo, deve sair o edital para novos docentes”, garantiu.
UFPE
Hoje, às 10h, no auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), professores da UFPE deliberam sobre a possibilidade de deflagrarem uma greve na instituição. Na última terça-feira, o Go­verno Federal concedeu reajuste de 4% à categoria, com valor retroativo a março. A principal reivindicação, agora, se refere à reestruturação da carreira dos professores.

Fonte: Folha PE

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