terça-feira, 18 de setembro de 2012

Crise Convulsiva

Procurar um hospital logo depois da crise convulsiva é fundamental para evitar problemas
        
Quem tiver uma convulsão deve procurar socorro em um hospital logo depois da crise. | Foto: Hero/Corbis

Um trauma muito grande, como a perda de uma pessoa querida, excesso de esforço, febre e doenças como epilepsia e tumores cerebrais podem causar convulsões. O distúrbio se caracteriza pela contração muscular de todo o corpo ou parte dele. Braços, pernas e tronco ficam endurecidos e estendidos, e começam a tremer. A pessoa também perde a consciência durante a crise. A convulsão acontece geralmente quando há um aumento excessivo da atividade elétrica em determinadas áreas do cérebro.

Qualquer pessoa, mesmo as crianças, está sujeito a ter uma convulsão. A aposentada Eunice Tanure tem epilepsia desde criança. Hoje, ela tem 81 anos e a doença está controlada, mais já teve muitas convulsões. ”É uma coisa até inexplicável. Parecia que eu ia mudar o ambiente. Na hora da convulsão a gente não vê nada, parece que passa uma sombra e eu não sinto nada. Depois eu começo a voltar e tem enjoo e tem dor de cabeça. Depois passa, as vezes eu fico nervosa, às vezes eu choro. Isso tem muitos anos que eu não tenho. Se eu não tomar a medicação eu sinto isso.”
O neurologista do Hospital Federal Bonsucesso no Rio de Janeiro, vinculado ao Ministério da Saúde, José Antônio Guasti, ensina o que fazer quando estivermos perto de alguém com convulsão. ”Como é que você vai socorrer? Protegendo, de preferência evitando que a pessoa bata com a cabeça em algum lugar. Se der tempo colocar um pano na boca para que ela não morda a língua porque contrai toda a musculatura. Então, se coloca um pano, vira a cabeça de lado um pouquinho para ela não vomitar, porque às vezes sai uma baba, essa baba não tem problema nenhum. A crise vai passando e você só segura para evitar que ela se machuque. Só isso, mais nada. Passou o estágio da convulsão, ela pode acordar com dor de cabeça, com vômito, enjoada, nauseada, com tonteira e às vezes nem sabe o que aconteceu. Nada de botar dedo na boca.”
O neurologista José Antônio Guasti recomenda a quem tiver uma convulsão procurar socorro em um hospital logo depois da crise. Se outra convulsão vier logo em seguida, ela pode causar edema cerebral. Depois disso, é preciso procurar um neurologista para fazer exames para investigar a causa da convulsão, e em caso de doença, como epilepsia, iniciar o tratamento.


Fonte: Blog da Saúde

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