Procurar um
hospital logo depois da crise convulsiva é fundamental para evitar problemas
Quem tiver uma convulsão deve
procurar socorro em um hospital logo depois da crise. | Foto: Hero/Corbis
Um trauma muito
grande, como a perda de uma pessoa querida, excesso de esforço, febre e doenças
como epilepsia e tumores cerebrais podem causar convulsões. O distúrbio se
caracteriza pela contração muscular de todo o corpo ou parte dele. Braços,
pernas e tronco ficam endurecidos e estendidos, e começam a tremer. A pessoa
também perde a consciência durante a crise. A convulsão acontece geralmente
quando há um aumento excessivo da atividade elétrica em determinadas áreas do
cérebro.
Qualquer pessoa,
mesmo as crianças, está sujeito a ter uma convulsão. A aposentada Eunice
Tanure tem epilepsia desde criança. Hoje, ela tem 81 anos e a doença está
controlada, mais já teve muitas convulsões. ”É uma coisa até inexplicável.
Parecia que eu ia mudar o ambiente. Na hora da convulsão a gente não vê nada,
parece que passa uma sombra e eu não sinto nada. Depois eu começo a voltar e
tem enjoo e tem dor de cabeça. Depois passa, as vezes eu fico nervosa, às vezes
eu choro. Isso tem muitos anos que eu não tenho. Se eu não tomar a medicação eu
sinto isso.”
O neurologista
do Hospital Federal
Bonsucesso no Rio de Janeiro, vinculado ao Ministério da Saúde,
José Antônio Guasti, ensina o que fazer quando estivermos perto de alguém com
convulsão. ”Como é que você vai socorrer? Protegendo, de preferência
evitando que a pessoa bata com a cabeça em algum lugar. Se der tempo colocar um
pano na boca para que ela não morda a língua porque contrai toda a musculatura.
Então, se coloca um pano, vira a cabeça de lado um pouquinho para ela não
vomitar, porque às vezes sai uma baba, essa baba não tem problema nenhum. A
crise vai passando e você só segura para evitar que ela se machuque. Só isso,
mais nada. Passou o estágio da convulsão, ela pode acordar com dor de cabeça,
com vômito, enjoada, nauseada, com tonteira e às vezes nem sabe o que
aconteceu. Nada de botar dedo na boca.”
O neurologista José
Antônio Guasti recomenda a quem tiver uma convulsão procurar socorro em um
hospital logo depois da crise. Se outra convulsão vier logo em seguida, ela
pode causar edema cerebral. Depois disso, é preciso procurar um neurologista
para fazer exames para investigar a causa da convulsão, e em caso de doença,
como epilepsia, iniciar o tratamento.
Fonte: Blog da Saúde