segunda-feira, 17 de setembro de 2012

População quer mais remédios nos postos e médicos especialistas

Batalha por atendimento especializado ainda é problema no Grande Recife.População do Recife, Olinda e Jaboatão reclama da rede de saúde.
Luna Markman
Do G1 PE

Chegar de madrugada ao posto de saúde para pegar uma ficha na esperança de ser atendido. O filho doente no colo, a gestante na expectativa do pré-natal, a idosa que precisa da receita para o remédio de hipertensão. É pouco médico para tanto paciente, que tem que esperar vários dias para conseguir um encaminhamento ao médico especialista. Essa é a realidade da rede municipal de saúde de Olinda, Recife e Jaboatão. Mas também há avanços e exemplos positivos na área. As prefeituras comentam os desafios de manter os serviços essenciais à população.


No ano das eleições municipais, o G1 preparou uma série de reportagens sobre as quatro maiores preocupações dos eleitores, de acordo com a consulta aos internautas na nossa página de eleições: educação, saúde, transporte e segurança.


Recife
Para o coordenador do Conselho Municipal de Saúde do Recife, Wellington Carvalho, que entrou na entidade como conselheiro representando o Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e Guardas de Endemias do Estado de Pernambuco, o Programa Saúde da Família (PSF) da capital avançou, mas ainda não é pleno, ou seja, não alcança toda a população. A meta do governo municipal é terminar 2012 com 65% de cobertura.



"Como ainda não é 100%, priva algumas comunidades de ter posto de saúde, que é o primeiro contato do povo com o sistema do município. [O posto de saúde] Está na rua do usuário, com profissionais em contato direto. O médico tem uma proximidade maior, o enfermeiro faz visita domiciliar. É de lá que o cidadão será encaminhado a outros serviços da prefeitura", disse.


Uma reclamação comum é a falta de médicos especialistas para atender a demanda da cidade. Como falta recursos humanos, locais que deveriam ter prioridade em receber esses profissionais acabam defasados. Pacientes chegam a ficar até sete meses sem consulta especializada.


G1 visitou o PSF de Roda de Fogo, localizado na comunidade homônima de baixa renda, na Zona Oeste do Recife. Não foi permitida a entrada da reportagem na unidade, mas relatos ouvidos na porta do estabelecimento mostraram que os pacientes não estão satisfeitos.
Shirley e Danilo já esperavam mais de três horas por atendimento no PSF de Roda de Fogo (Foto: Luna Markman/ G1)
No PSF de Roda de Fogo, Shirley e Danilo já esperavam
três horas por atendimento.  (Foto: Luna Markman/ G1)
A dona de casa Shirley Silva levou o filho Danilo, 3 anos, que estava com diarréia. Eles chegaram às 8h e, às 11h, ainda não haviam sido atendidos. "Só tem pediatra dois dias na semana, e não tem gente para organizar a fila. Falta muitas vezes vacina e remédio, e não tem dentista", reclamou. A aposentada Maria da Conceição de Souza, 66 anos, também amargou uma longa espera apenas para trocar uma receita. "Preciso de medicamento para o coração e o nervo. Não dá para sair sem a receita, mas não posso ficar sem comer por causa da diabetes."


De acordo com a Secretaria de Saúde do Recife, dois clínicos gerais atendem aos moradores da área. O estabelecimento conta com duas equipes de saúde bucal. No entanto, há aproximadamente um mês, a odontóloga remanescente pediu exoneração. No momento, aguarda-se a convocação dos profissionais aprovados no concurso público para o preenchimento das vagas em aberto. Enquanto isso, os usuários têm sido encaminhados para atendimento odontológico no Centro de Saúde Professor Joaquim Cavalcanti, também nos Torrões. Segundo a pasta, a reclamação de falta de vacina e remédio em Roda de Fogo não procede.


Outra queixa recorrente, segundo o coordenador do Conselho, é sobre as condições dos PSFs. "Muitos funcionam em casas alugadas, que, por causa dos contratos, são impedidos de reformar, ampliar. Assim, os prédios não recebem os pacientes de forma adequada. Os médicos não têm consultórios corretos, não há local para guardar os medicamentos nem para fazer reuniões", apontou Wellington Carvalho.


Segundo o secretário de Saúde do Recife, Humberto Antunes, o município tem uma parceria com o Ministério da Saúde para recuperar e construir novas unidades de saúde, todas seguindo um padrão. "Estamos com projeto para construir 11 novas unidades, com duas a três equipes do Estratégia de Saúde da Família. Os locais já estão definidos e os recursos, garantidos. Com isso, vamos poder atender mais 140 mil pessoas. Ainda vamos dar início ao processo de licitação, e essas unidades devem ficar prontas ano que vem", disse.


G1 também foi à Policlínica Lessa de Andrade, na Madalena, Zona Oeste do Recife. O acesso às dependências internas para tirar fotos foi igualmente negado. Lá, a reportagem ouviu o lamento da diarista Helena Lima. "Tenho que usar remédio controlado e, há dois meses, dizem que não tem o remédio na farmácia. Sem ele, fico estressada, agitada. Se eu pudesse, eu pagava um plano de saúde", falou.


A Secretaria de Saúde do Recife também afirmou que a denúncia de falta de remédio no Lessa de Andrade não procede, informando que o problema pode ter sido pontual. A orientação geral para a população nesses casos é procurar a diretoria da unidade ou entrar em contato com a Ouvidoria SUS da cidade. Sobre a falta de médicos, a gestão admite que é um problema constatado não apenas no Recife, mas em outras cidades brasileiras. Um concurso público foi realizado no começo deste ano, com cerca de 800 vagas, nos três níveis. A nomeação dos aprovados deve ocorrer ainda este ano.


Por outro lado, o Recife também tem boas experiências na área da saúde. Uma delas é o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), implantado em dezembro de 2001 para atender pessoas em situação de risco em vias públicas e domicílios. O acionamento é pelo telefone 192. O Samu presta assistência pré-hospitalar, com plantão 24 horas. O modelo foi copiado em todo o Brasil.


Atualmente, o Samu Metropolitano do Recife recebe uma média de 10 mil ligações mensais. A frota conta com 24 ambulâncias, sendo 18 básicas e seis com UTI móvel. Ate 2013, o número de ambulâncias deve chegar a 30, além da implantação de mais quatro bases distritais do Samu. "A ampliação do serviço, com a descentralização das bases, é muito importante, pois diminui a espera da população por socorro", comentou Wellington Carvalho.

Academia da Cidade no Parque 13 de Maio, no Centro (Foto: Carlos Oliveira/ Prefeitura do Recife)
Academia da Cidade no Parque 13 de Maio, no Centro.
(Foto: Carlos Oliveira/ Prefeitura do Recife)
Outro ponto positivo foi a ampliação da Academia da Cidade, articulada com o PSF. Hoje, são 31 polos em funcionamento e mais oito em construção. A média mensal é de 60 mil procedimentos, entre aulas de ginástica, dança, jogos, avaliações físicas, orientações nutricionais, palestras, rodas de diálogo, passeios, competições esportivas, fóruns de discussões, entre outros.

"Também destaco o avanço da desprecarização dos vínculos empregatícios, garantindo que o trabalhador não tenha um contrato precário, mas, sim, um efetivo de servidor público. Isso motiva o profissional a prestar serviço sem pensar nos ciclos políticos, refletindo no atendimento à população. A política de capacitação do quadro funcional também tem melhorado", falou Wellington Carvalho.(....).

Fonte: G1 Pernambuco.

Impressão do Sindicato: 



As condições de saúde ofertada da população do Recife não está esse mar de brigadeiro, que o sr. Wellington Carvalho afirma, principalmente para a classe trabalhadora. Que digam os Agentes Comunitarios de Saúde e Guardas de Endemias, além dos demais profissionais.

Não queremos nem entrar no merito de enumerar as unidades de saude da Familia, caps, policlinicas e maternidade, que está faltando profissionais, alem das precarias condições das unidades. A começar pelo próprio Conselho municipal de Saúde do Recife, que há anos luta por um sede digna para realizar as reuniões, e que foi prometida pelos dois últimos secretario de saúde, entretanto o conselho continua no mesmo lugar. É lastimável a fala do  Coordenador do Conselho Municipal de Saúde do Recife Wellington Carvalho, Trabalhador do serviço de saúde do Recife, faça essas afirmações, que não é bem esse o papel do conselheiro, defender a gestão  quando há evidencias claras que os serviços estão deficitário, e sim de  fiscalizar, a prestação de bons serviços a população do Recife. 

Segundo o coordenador do Wellington Carvalho CMS-RECIFE:
1) O Programa Saúde da Família (PSF) da capital avançou...
2) A meta do governo municipal é terminar 2012 com 65% de cobertura..
3) Pois diminui a espera da população por socorro...
4) A política de capacitação do quadro funcional também tem melhorado...

Segundo a população:
1) Chegar de madrugada ao posto de saúde para pegar uma ficha na esperança de ser atendido...
2) É pouco médico para tanto paciente, que tem que esperar vários dias para conseguir um encaminhamento ao médico especialista...
3) Como falta recursos humanos, locais que deveriam ter prioridade em receber esses profissionais acabam defasados...
4) Pacientes chegam a ficar até sete meses sem consulta especializada...
PSF de Roda de Fogo...mas relatos ouvidos na porta do estabelecimento mostraram que os pacientes não estão satisfeitos....
6) Falta muitas vezes vacina e remédio, e não tem dentista...
7) Etc...............................................................................................

Realmente vamos ter que parar por aqui, por que senão não vai caber todas as queixas das população dos serviços de saúde do Recife, 
Na verdade as afirmações  do Sr.Wellington Carvalho, que deveria está defendendo os interesse da população, não reflete a verdade apontada pela mesma. Isso sem contar opinião dos servidores  que estão dentro do serviço. 
Mas mesmo Assim vamos dizer já que como representante dos trabalhadores no CMS  não Fez : Falta fardamento, para sua categoria, ACS e guardas de endemias, faltam batas para os profissionais, falta EPI, ao contrario do que ele disse há muito anos que não é realizado curso de reciclagem para Auxiliares e Técnicos de Enfermagem, a politica de saúde do trabalhador nunca saiu do papel, além das condições precárias nos locais de trabalho.

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