sexta-feira, 22 de março de 2013

Síndrome de Down é alvo de trabalho voluntário de médicos, no Recife

 
Especialistas acompanham crianças com Síndrome de Down e autismo. Associação Novo Rumo Genético fica em Casa Amarela, na Zona Norte.

A Síndrome de Down é uma alteração genética causada por um erro na divisão celular durante a formação do bebê. Estudos comprovam que, se estimulada corretamente, a criança pode desenvolver atividades normais. Por isso, um grupo de voluntários recifenses, liderados pela médica Paula Arruda, trabalham para acompanhar crianças e jovens que têm a síndrome ou autismo. O grupo faz parte da Associação Novo Rumo Genético, no bairro de Casa Amarela, na Zona Norte da capital.

Lá, as crianças trabalham com especialistas em pedagogia, terapia ocupacional e medicina. Para a médica Paula Arruda, o acompanhamento colabora e muito para a interação do bebê com outras crianças. "O bebê que nasceu com Down não necessariamente vai ser um sindrômico. Se ele for tratado em tempo hábil, no esquema que chamamos de estimulação global, não vamos ter um bebê especial. Teremos um cidadão na escola comum, convivendo, falando, se alfabetizando e, no futuro, trabalhando como um cidadão comum", afirma a médica geneticista.

Estima-se que, no Brasil, existam cerca de 300 mil pessoas com a síndrome. Em Pernambuco, a proporção chega a ser ainda maior que a nacional: a cada duzentas pessoas, uma nasce com a deficiência. O grupo do Recife vem ajudando muitas mães a compreender e ajudar os filhos para que eles se desenvolvam bem.

Jadson Ramos tem cinco anos e enfrenta o déficit de atenção, uma das principais características da Síndrome. "Ele não consegue brincar parado. Então não adianta colocar o Jadson sentadinho, numa mesa ou numa cadeira, porque ele não vai ficar. Precisamos dar movimento", explica a terapeuta ocupacional Roberta Valença. A mãe de Jadson, Adriana Ramos, decidiu dedicar sua vida ao filho e à Síndrome de Down. "Hoje eu me formei em pedagogia já para trabalhar com crianças com Síndrome de Down. Minha pós-graduação é em educação especial, para ajudar não só o meu filho, mas crianças com outras deficiências também", afirma.

Para a pedagoga Paola Bartolini, ver o filho Lucas, de nove meses, interagir com o mundo, é uma conquista conseguinda junto ao grupo. Ela, no entanto, sabe que o percurso será longo. "É óbvio que tem muita alegria, mas ainda temos muito caminho para trilhar. Cada dia é um sorriso e mais uma pedrinha que a gente tem que pular", diz. Com motivação, a família encara cada dia como um recomeço.

A Associação Novo Rumo Genético fica na rua Marcionilo Pedroza, nº 52, em Casa Amarela. O grupo vive de doações e quem quiser ajudar pode entrar em contato pelo telefone (81) 3267-0163. Se a família comprovar que não tem renda suficiente para pagar pelo serviço, ele é oferecido gratuitamente. Para quem tem condições de pagar, a taxa mensal é de R$ 100.

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Fonte: g1.globo.com/pernambuco


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