terça-feira, 7 de maio de 2013

Alunos de enfermagem sentem na pele peso da idade

Joyce Cury / A Cidade

Estudantes usam equipamentos para se colocarem no papel de idosos e sentirem dificuldades (Foto: Joyce Cury / A Cidade)

Simulador usado em curso da USP de Ribeirão Preto faz aluno conviver com as dificuldades de idosos em atividades rotineiras

s alunos da Faculdade de Enfermagem da USP de Ribeirão Preto têm usado a tecnologia para simular o atendimento a pacientes e até para entendê-los melhor. Bonecos adultos, um bebê e um simulador materno, além do simulador de envelhecimento, ajudam os alunos a conhecer a realidade de uma enfermaria logo no início do curso. Pelo menos R$ 1 milhão foi investido na compra dos equipamentos.

A professora e doutora Alessandra Mazzo, coordenadora da comissão dos laboratórios, explica que os treinamentos servem para dar mais segurança ao aluno, treiná-lo para a realidade, além de dar mais segurança também para o paciente.

“Com os bonecos eu posso montar um cenário em que os alunos vão ter que agir. Se o aluno faz algum procedimento errado, eu pioro o estado desse ‘paciente’ até finalizar o quadro”, explica Alessandra.

Os bonecos funcionam com energia elétrica. É possível ouvir pulmões, ouvi-los tossir, lamentar e simular até um quadro de parada cardiorrespiratória. No caso do simulador de maternidade, os alunos medem o tamanho do útero, a circunferência da barriga e ouvem os batimentos do bebê.

Simulador de velhice

Além dos bonecos, os alunos do curso também utilizam o simulador de velhice para conhecer as dificuldades de um idoso.

“É o que chamamos de empatia. Eles vivenciam o que eles veem e saem daqui mais humanizados”, diz coordenadora.

Com o simulador de velhice, o aluno veste peças que impossibilitam as articulações, utiliza quatro pesos nos braços e pernas, um colete que imobiliza o tórax, protetores auriculares para ter a audição diminuída e óculos que tiram a visão periférica. Dessa forma, o aluno consegue sentir as dificuldades para realizar gestos simples como beber água, se locomover, ler e subir degraus.

“Nós sempre usamos simuladores, mas eram muito simples, eram treinos de injeções, cateterismos, feitos em laranjas, ou garrotes de soro. Hoje, com essa tecnologia avançada, não tem porque o aluno sair sem essa vivência para atuar direto no paciente”, afirma Alessandra.


Simulador de parto está a caminho

Outros bonecos simuladores já estão a caminho da Faculdade de Enfermagem da USP. Até o próximo mês, o laboratório de alta fidelidade deve começar a funcionar e terá a simulação de partos, além de um simulador onde será possível monitorar um paciente por helicóptero, ou fora do hospital em uma ambulância, por exemplo.

Também será posto em funcionamento um software que reconhece se o aluno ministrar a medicação errada no paciente. Além disso, uma casa será montada para os treinamentos de atendimento a domicílio.

“Nessa casa eles vão encontrar as condições que encontrariam se estivessem mesmo na casa de um paciente. Mesa, cadeira, até barata. Eles precisam ter foco sobre a situação e conseguir realizar a intervenção”, explica a professora e doutora do Departamento de Enfermagem Geral Alessandra Mazzo.
A casa de simulação também deve ficar pronta no próximo mês.

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