quinta-feira, 23 de maio de 2013

Impasse continua entre a Prefeitura da Cidade do Recife (PE) e servidores


Impasse continua entre a PCR e servidores. Sindicato apresenta reivindicações e gestão alega não ter dinheiro. - AMANDA CLAUDINO

O impasse das negociações entre os servidores municipais, em estado de greve desde o último dia 8, e a Prefeitura do Recife (PCR) ainda segue sem solução. Pelas contas da gestão, se todos os pleitos da pauta unificada fossem atendidos, o impacto nos cofres municipais seria, no mínimo, de R$ 240 milhões - custo inviável, segundo a gestão. O valor foi revelado ontem para os representantes da categoria, sem, no entanto, a apresentação de uma contraproposta para o reajuste salarial de 19,32% que é pleiteado. Amanhã, uma assembleia será realizada entre o Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos Municipais da Administração Direta e Indireta da Prefeitura do Recife (Sindsepre) e os servidores. Já a próxima mesa de negociação está marcada para sexta-feira.

A pauta unificada da categoria contempla, ainda, um vale-refeição de R$ 22,25, o piso salarial equivalente ao salário mínimo e auxílio creche e pré-escolar, além de outros itens. A primeira reunião de negociação ocorreu em abril, quando o secretário de Administração do Recife, Marconi Muzzio, afirmou que as conversas só poderiam ser retomadas no fim deste mês, por causa do fechamento do quadrimestre. “A reunião foi positiva, cumprimos com o que havíamos acordado na mesa de abertura”, afirmou ele.

Segundo Muzzio, o gasto com pessoal neste período já atingiu 43,94% da Receita Corrente Líquida (RCL) da Prefeitura. “Fechamos 2012 com 42,88% e não podemos comprometer mais do que isso. A PCR possui R$ 190 milhões reservados para investimentos, e se aceitássemos essa pauta prejudicaríamos a prestação de serviços. Já estamos nomeando novos servidores e isso também precisa ser visto”, destacou o secretário. Ainda de acordo com ele, uma contraproposta não foi apresentada porque a ideia da gestão era construir o percentual em conjunto com os representantes da categoria. “Mas essa proposta foi rechaçada por eles, que preferiram que mantivéssemos o formato tradicional de negociação. Vamos apresentar um possível reajuste na sexta”, ressaltou.

Para o presidente do Sindsepre, Osmar Ricardo, o objetivo da PCR era adiar ainda mais um acordo. “Eles queriam esperar o fechamento do segundo quadrimestre, mas nós estamos acostumados a ouvir números e mudar o jogo agora não é justo”, reagiu. Embora não tenha descartado a deflagração de uma possível greve na assembleia de amanhã, o sindicalista destacou que a orientação será cautelosa. “A categoria quer se preservar e pretendemos esperar um posicionamento concreto da Prefeitura. Já que existe uma mesa aberta, precisamos ter habilidade para negociar”, completou.

Fonte: FOLHA DE PE
 FOLHA DE PERNAMBUCO

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